segunda-feira, 30 de abril de 2012

VOU SER AVÓ

Já era mais que hora! Finalmente, estou muito feliz! Minha primeira filha vai ser mãe, na primeira quinzena de setembro.
A notícia trouxe muita alegria e está mobilizando todos nós.
Ainda temos a vida organizada de maneira colaborativa, necessário enquanto os quatro irmãos organizam a vida: trabalho, renda, moradia, etc.
Entre a alegria depensar, fazer e organizar o enxoval e tudo o que é preciso para acolher a pessoinha que chega na familia, eu assisto e ouço preocupações que tivemos quando a Lúcia nasceu. Falo da escolha do médico, do pediatra, do hospital, das conversas em torno do parto (normal ou cezáriana) ou como diz o Pedro: cezariana ou parto vaginal, pois parto normal, atualmente, é a cezariana, o vaginal é exceção.

Antes, ainda, as preocupações com os riscos durante a gravidez, com os receios naturais sobre saúde, da mãe e do bebê, os palpites das pessoas, as sugestões, o relato das experiências das amigas e conhecidas.
Ouço minha filha manifestar o desejo de parto natural, mas ao mesmo tempo a preocupação em não colocar em risco a saúde do bebê.

Ouço os relatos sobre os médicos que não costumam nem tentar parto natural e agendam a cezária conforme as necessidades e conforto para eles próprios. O nenê é que deve  adequar-se às possibilidades da agenda dos obstetras. Alguns médicos nem querem se comprometer com atendimento de partos.
Completando o quinto mês, minha filha ainda não sabe quem vai ajudá-la a ter o bebê. E ela manifesta a mesma preocupação que eu vivi a mais de 30 anos: eu queria tanto parto natural, mas se demorasse e de alguma forma colocasse em risco a saúde do bebê, então a cesariana seria a alternativa. Foi tudo diferente do que imaginei e nas quatro gravidês, meus filhos nasceram de cesarianas.

A medicina parece não ter evoluído nesse sentido., Parece que o tempo parou. A Lúcia tem vivido os mesmos impasses que eu vivi a décadas. Há maravilhas em termos de objetos: carrinhos, mamadeiras, roupinhas, chupetas e tantas coisas que melhoraram mas o momento de nascer, ainda gera muita angústia e ansiedade nas mães.
Tenho revivido tudo isso, procurando encorajar minha filha e torcendo que esse nenê venha ao mundo ao natural, assim, como aquelas criancinhas que nascem nos táxis, porque nem dá tempo de chegar ao hospital, como aquela criança que eu ajudei a nascer em Restinga Seca, por acaso e que de tão rápido não deu tempo de levar ao hospital. Quem sabe acontece um milagre desse tipo!

 Enquanto esperamos, vamos fazendo alguns preparativos para receber a nova criaturinha que em apenas quatro meses estará entre nós e vai nos proporcionar muita ternura, muita alegria e muita poesia.