terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Uma mulher chamada Eliza

Sei que ando escrevendo textos muito longos e ninguém anda me respondendo. Desculpem. Hoje vou comentar nossa visita (minha e do Irineu) e Foz do Iguaçú.
Minha irmã Eliza veio a S.Maria organizar a festa de formatura da filha Juliana, que se formou em Artes Visuais. Foi uma bela festa, alegre, cheia de encontros e tudo estava perfeito. A Juliana muito feliz e linda. Adorei! Parabéns Juliana.
Minha irmã veio de carro e para voltar precisava de alguém com ela. Nos convidou e nos tentou dezendo: Aproveito e arrumo os dentes de vocês. Lá fomos nós.
Eu dirigi até Porto Mauá, divisa entre Argentina e Brasil.Ela dirigiu no território argentino.Foi uma ótima viagem.
Ficamos uma semana em Foz do Iguaçú. Fizemos diversos passeios e, é claro, ao Paraguai. Compramos algumas coisitas, dentro da cota, é claro.
Mas o que desejo comentar é sobre o lado "virtuoso" da Eliza. Arrumou diversos dentes meu e do Irineu. E o que gosto é o profissionalismo da minha irmã: Ela faz a avaliação, tira radiografia, trata canal, faz as próteses, etc. etc. Se necessário, faz cirurgia, implante de osso e de dente. Não foi nosso caso, mas ela já fez implante no Irineu. O consultório é novíssimo, agradabilíssimo, aconchegante. Ela está sempre se atualizando.Voltamos com a boca absolutamente em ordem.
Quando minha irmã não está no consultório, está fabricando bijouterias. Cada coisa linda!Ganhei de presente diversas e trouxe outras para vender. Algumas ela fabricou na nossa presença e quando a gente falava:"esta aí vais vender fácil, é linda!" ela dizia," eu vendo, mas não faço para vender. Faço por prazer!"
Aí ela sai, vende nas lojas, compra também, constroi relações afetivas, de trocas, e arruma clientes pro consultório.
Fiquei comparando com tantos jovens que, desesperadamente, fazem concursos públicos na busca da estabilidade. Isso é bom, não precisa conquistar clientes, é seguro, se aposenta bem, etc. mas muitos queixam-se da rotina, da mesmice, da subordinação a chefes autoritários, etc.
No trabalho da Eliza, não há estabilidade, é preciso mãos que sabem fazer, conhecimento, comunicação, relações inter-pessoais, afetivas. Isso é que dá garantia. A pessoa precisa estar atenta, atualizada, conectada, criativa. Parabéns Eliza!

7 comentários:

  1. Huito bem Tereza.Cada vez é mais real que; a comunicação, as relaçoes sociais, as redes sociais são na sociedade pos-moderna que vivemos, o que a relação salarial era na sociedade moderna, fordista~teilorista do século XX.Isto é, a garantia de vida hoje está em compartilhar, cooperar, estabelecer redes de afetos e interações. Isto. está bem distante da instabilidade de salarios, e das burocracias asfixiantes e pobres do emprego público.Vamos em frente Tereza....

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  2. Nossa, Tereza, não achas que exagerou um pouco?
    Acho que não sou tudo isso!!!
    Acertaste quando falaste nas relações humanas e afetivas de fato depois que comessei com meu passa tempo , tive oportunidade de conhecer novas pessoas e fazer novas amizades, minha vida ficou melhor!!!
    Obrigada pelo carinho!
    Bjs
    Eliza.

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  3. Cada um com suas possibilidades, tia... Cada um com suas possibilidades e talentos (às vezes não reconhecidos).

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  4. Querida, meu texto não era indireta pra ninguém. É uma reflexão sobre o saber fazer hoje, sobre criatividade, liberdade, não subordinação. Sei disso e não esqueças que fiz concurso e fui servidora pública. Talvez por isso eu faça essa reflexão. Quanto sapo engoli! Não acredito muito em talentos. Acredito em vontade, coragem e isso, sinceramente minha sobrinha, eu admiro em ti. Beijos com muito afeto. Tia Tereza

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  5. Obrigada pela parte que me toca, e só posso concordar em gênero, número e grau. Muito orgulho da tua irmã :-)

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  6. Bah, tia...não entendi o cometário rançoso da Letícia...admiro muito quem tem coragem de encarar qualquer profissão (como autônomo ou iniciativa privada), pois eu não tenho. Perdi oportunidade de trabalho lá em Manaus pois teria que me afastar do Exército. Pra mim, o argumento (entenda-se "pagamento") teria que ser muito forte para me fazer abrir mão de algo que prezo muito: a minha segurança/estabilidade. Apesar de concordar contigo quanto aos problemas da subordindação, sapos, etc, ainda acho que são coisas possíveis de se contornar.
    Por outro lado, também admiro muito quem se dedica para ser aprovado em um concurso público, pois, hoje em dia, com o surgimento da profissão de "concurseiro", a tarefa é cada vez mais difícil.
    E, por fim, a vida está aí...habilidades e talentos devem sempre ser mostrados e não ficar escondidos num armário...
    Assino embaixo: Parabéns, tia Eliza...parabéns tia Tereca...parabéns tio Irineu...parabéns Mírian (minha mãezinha gorduchinha)...parabéns a todos que, do seu jeito, sabem levar a vida com sabedoria.
    Beijos!

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  7. Querido do meu sobrinho amado, meu afilhado, adorei tuas palavras. Que bom que lês o meu texto. Sabes, fiz aquela reflexão por perceber que tia Eliza saiu a campo estabelecer novas relações, mas em relação ao saber fazer admiro muuuuito as mulheres na sua dedicação e sabedoria nos afazeres domésticos, no preparo dos alimentos, nos cuidados com as roupas e a casa, pois que são os cuidados com a manutenção da vida, são gestos de amor. Nossas mãos, as vezes judiadas, são mãos que fazem acontecer a vida. A tua mãe, eu mesma, a tia Vera, somos mulheres que sabemos muito, cuidamos muito. Admiro teus cuidados e os da Patrícia com as maninas. Beijos

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