quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Congresso em El Pinar - Uruguai


Estivemos oito dias em El Pinar, Intendência (corresponde a município, no Brasil) pertencente à região metropolitana de Montevidéo.
Todos os anos o MOBREC (Movimento Brasileiro de Educadores Cristãos), organiza a Jornada de Verão, que une formação, convivência, troca de experiências e turismo.

Nos primeiros três dias o grupo (de 44 pessoas) relatou e avaliou o trabalho do ano referente às ações realizadas na educação e fez o planejamento para 2011. Nos dias restantes o grupo realizou passeios, com o objetivo de conhecer e interagir com outras culturas. Haviam professores do Uruguai e da Argentina. Quem tinha grana aproveitou para fazer compras, é claro.

Nossa primeira parada foi em Rivera e a última em Aceguá, adivinhem com que objetivo!
Em relação à formação, gostei de alguns relatos de experiências pedagógicas e tivemos uma reflexão com um professor uruguaio ( Langon) sobre a educação ambiental. Muito boa.
O planejamento foi bem produtivo. Quanto à convivência, é preciso ser generoso, tolerante, porque testemunha-se gestos de solidariedade mas também de muito egoísmo.

Andamos muito dentro de Montevidéo. Cidade bonita e, ao contrário do país, que tem praticamente só eucalipto e pinus no que se refere à vegetação de maior porte, Montevidéo é bem arborizada. Conseguiram preservar e plantar um tipo de árvore que é nativa, dentro da cidade. Ficou muito bonito. Cidade limpa, trânsito bem organizado. Claro que não fomos às periferias. Aliás as rodovias são ótimas, muito bem cuidadas.
Montevidéo tem lugares interessantes e a nossa guia tinha uma conversa boa, com bons e críticos comentários sobre a história do país. E foi nessas conversas que ela contou que não há indígenas no país, mas que havia, foram todos dizimados pelos colonizadores brancos. Negros? Muito poucos.

Vimos prédios históricos, como cassinos, palácio do Parlamento, a Catedral e outros. Entre eles o Shopping Punta Carretas que foi um grande presídio, onde a ditadura uruguaia, torturou e matou, como aqui. Lá esteve Mujica, o atual presidente uruguaio. O luxo do atual shopping soterrou a história horrenda que aconteceu no local.

Estivemos, também, na Colônia do Sacramento. Ali ainda está bem presente a arquitetura portuguesa e espanhola que marcaram suas diferenças nos prédios, nos calçamentos, na Igreja, etc.
Claro que passamos por Punta Del Este, a famosíssima praia. A cidade não tem muito de interessante, a não ser o luxo dos prédios e casas. A praia tem muita pedra, rochas enormes, como fala o nome de uma delas: Praia Brava. Mas são paisagens lindas, água fria, muito barco de luxo. Os preços são pela hora de morte. Quem não tiver bastante grana, passa até fome. A comida é muito cara.
Vimos algo interessante: na beira do mar, cravado nas rochas, o artista plástico Carlos Paez Vilaro construiu uma casa diferente, que é uma gigantesca escultura, denominada por ele de Casa Pueblo. Hoje, nesta grande casa (que foi ampliada mantendo a fidelidade artística), funcionam restaurantes, museus e hotel.

Foi um intenso passeio, viajamos de ônibus, numa turma grande, sem incidentes. Gastamos pouco, ficamos num antigo seminário católico. A comida era bem modesta e as instalações pouco confortáveis, mas passeamos, comemos comidas diferentes, tiramos fotos, rimos muito, conversamos bastante, alguns compraram muito (nós não). Nosso objetivo era conhecer um pouquinho o Uruguai, que aliás vive uma grande seca. Água não falta para abastecer as cidades, porque estão sobre o Aqüífero Guarany, mas para lavouras e pasto, está escassa.

Conhecemos uma festa popular, a Murga, que faz parte da longa programação do Carnavcal deles, que dura mais de mês. Nesse evento há apresentações e sátiras sobre a vida deles. E samba também. Muito interessante! E foi isso, estamos de volta, com muita vontade de viajar mais, conhecer outros lugares, outras culturas, aprender mais.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Interessante relato! Muito boa a interação entre os povos!Viajar é preciso...assim saímos de nossas redomas...

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