sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Teatro: Pé de Pilão
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Acabei de ler no Diário de Santa Maria sobre o processo de eleição de diretores. Amanhã teremos os resultados. Esse é sempre um processo muito disputado, repleto de conflitos e se parece muito com os outros tipos de eleições da nossa democracia representativa. Me chamou a atenção, na página 32 (Geral), a frase escrita abaixo das fotos dos candidatos Tarcisio e Tavares (do Maneco). A frase diz o seguinte: "Tarcísio(amarelo) e Tavares, candidatos da maior escola da cidade, optaram por campanha limpa". Gente, é possível optar por campanha que não seja limpa? A gente sabe que isso acontece, mas do jeito em que foi colocado, parece natural optar por campanha "suja". A frase contem uma naturalidade espantosa. Campanha limpa É OBRIGAÇÃO e não opção. Creio que é muito preocupante as sucessivas reeleições. Graças a um projeto de Iara Wortman, aprovado pela Assembléia Legislativa, isso tem sido possível. Por que se relegem? Bem, são muitos os mecanismos de quem está na direção, de se articular, agradar, favorecer...para conseguir a reeleição. Não acho bom, criam-se verdadeiras equipes de burocratas dentro das escolas. Todo o sistema eleitoral brasileiro coloca limite para as reeleições, no caso dos executivos. O cargo de diretor, é um cargo executivo, no nosso sistema de gestão das escolas. Retornar às aulas é muito salutar para educadores e educandos.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
UFSM em Silveira Martins
A decisão da população e sugestão de diversas entidades municipais, encaminhadas à Câmara e à UFSM foram de que a doação seja efetivada, sem ônus para a UFSM e que se mantenha para a UDESM o terreno já desapropriado e doado A UDESM. O salão de eventos estava repleto e o debate foi de alto nível.
A proposta pedagógica dos cursos é muito interessante, unindo ensino e pesquisa, em forma de projetos, a partir de problematizações sobre a realidade, requerendo pesquisa sistemática. Um desafio enorme aos docentes, alunos e equipe coordenadora. Parabéns à comunidade de Silveira Martins e à comunidade acadêmica da UDESM
domingo, 25 de outubro de 2009
"...não quero feijão-arroz, quero pastel..."
Escolas Conflagradas?
A primeira coisa que me chamou a atenção é a generalização: parece que em geral os professores ingerem medicamentos estimulantes e antidepressivos (que são drogas) e que o ambiente escolar é um caos. É preciso salientar que a própria matéria fornece dados elucidativos apontando que são 17% dos pesquisados que fazem uso de medicamentos. Um índice alto, mas 83% não fazem uso de medicamentos desse tipo. E será que a escola é a única causa? Por outro lado, é preciso dizer que existem nas escolas muitas práticas de solidariedade, de alegria, de celebração, de convivência afetiva. A escola não é uma ilha e nunca foi. É ilusão pretender que aquele ambiente esteja preservado em relação ao modo de vida e aos problemas da sociedade.
Creio que outro aspecto que chama a atenção nas matérias é a idéia que elas passam que os problemas apontados sejam, apenas, problemas de conduta dos alunos, deixando de questionar a própria instituição, como se nela nada precisasse ser modificado. Aí é que está, a meu ver, o grande nó da questão. A instituição escolar está em crise, assim como outras tantas instituições da Modernidade: a família, o Estado, a política, etc.
Pensar em resolver a complexidade dessa crise, com medidas disciplinares, certamente os resultados não serão duradouros e eficazes. É preciso, talvez, de imediato algumas medidas nesse sentido, mas é muito mais urgente que se repense todo o funcionamento da instituição escolar, que se repense a própria instituição. Instituição que mantém há séculos a mesma forma de funcionamento. A geração que nos chega às salas de aula não tem as mesmas características e formas de perceber a realidade que a nossa geração. Essa geração que chega às salas de aula, denominada por alguns pesquisadores de “geração celular-conectiva” tem outra forma de leitura de realidade (é imagética), outra forma de se comunicar, de se auto-apresentar, não quer ser representada, não legitima a hierarquia, tem uma linguagem própria, diferente da nossa geração. Para essa geração, que tem acesso amplo a informações, que se criou em outro ambiente familiar, com outras formas de aprender a linguagem, às vezes com pouca atenção, pouco afeto, pouca presença paterna ou materna. Enfim, a instituição escolar, com o caráter disciplinador e de confinamento, desejada por muitos, é rejeitada, por vezes odiada e a reação é a fuga, a agressão. São aspectos que precisam ser considerados.
Mas não poderia deixar de lembrar que no caso do Estado do RS, a própria SE e governadora tem contribuído para agravar a situação e depreciar a importância social dos educadores, prendendo, processando seus dirigentes, na sua legítima luta para melhorar a educação. Além de assoberbar o trabalho dos educadores com determinações de enturmamento, falta de condições de trabalho, redução de carga horária para estudo e formação continuada, ameaças ao plano de carreira, precarização nas formas de contratação, entre outros aspectos que provocam insegurança, frustração e desrespeito à comunidade escolar. Isso as matérias omitiram. Por que será?
Um espaço de conversação
O desejo de dialogar de forma aberta e democrática instigou-me a tentar produzir comunicação autônoma, através desse recurso denominado Blog. A grande imprensa, monopolizada como é, cria poucos espaços de participação e seleciona as versões que lhe convém, por isso poucas vozes e poucas versões podem se manifestar. A gente reclama, reclama ...Hoje a Internet nos possibilita espaços de comunicação. Então vamos tentar.
Tenho vontade de me manifestar sobre muitos assuntos, mas tenho certa dificuldade para me expressar escrevendo. Vou tentar. O objetivo do Blog é compartilhar opiniões, informações, experiências, histórias e emoções, principalmente em relação à educação. Sei que será um grande aprendizado: ler opiniões diversas das minhas, rebater idéias com respeito, ler as contribuições das pessoas que me visitarem no Blog, ter disciplina para escrever. Confesso que tenho algumas dificuldades com esse instrumento, o computador, que funciona como uma poderosa prótese que nos potencializa. Minha geração faz um enorme esforço para se apropriar desses recursos midiáticos. Somos a geração dos livros, da máquina de escrever, da linguagem racional, lógica-linear. Mas vamos aprendendo. Conto com a tolerância, paciência e generosidade dos que me visitarem.
Abraços Tereza.