sábado, 14 de agosto de 2010

uma semana de prazer e de afeto


Eu e o Irineu estivemos uma semana em Santo Ângelo, passeando, na casa da Carla e Adriano (minha cunhada e meu irmão). Curtindo as crianças: Vinícius e Cecília. Ele com seis anos, esperto, ativo, fofo. Ela com quatro meses: fofa, risonha, esperta...uma loucura. Pura ternura, pura poesia!

Uma semana brincando, acariciando, rindo. O olhar fixo da pequena Cecília, estudando o nosso olhar e depois ofertando o mais lindo e generoso sorriso, comovia, deixava a gente abobalhado, falando aquelas abobadas idiotices que a gente diz rindo para as crianças. Me enbriaguei na alegria de estar com esses dois sobrinhos.

Claro que comemos muito, bebemos, olhamos filme, ouvimos música, fizemos pão, rizoto. Costurei um pouco para minha cunhada.
Meu irmão e minha cunhada são uns pais muito fofos, tranquilos, amorosos. Bom conviver com eles. Dias de boas lembranças do tempo em que nossos quatro filhos eram pequenos. No dia dos pais estávamos lá com eles, lembramos tantos dias dos pais felizes com nossos filhos, que eram fofos e que são muito boa gente. Foram dias de reflexões, também.

Naqueles dias fui para a Internet e li uma notícia terrível: Haviam encontrado na Colômbia 2.000 corpos numa vala comum. Tudo muito recente e um sobrevivente relatou que os soldados da guarda do ex governo Uribe, amarravam homens e mulheres, vivos, e soltavam cachorros famintos, para que matassem essas criaturas aos poucos, enquanto saciavam sua fome. Quanta maldade! Nada justifica isso.

Aí me veio um pensamento, que é recorrente na minha vida: as mães (também alguns pais) deveriam protestar de forma avassaladora contra todas as agressões à vida humana.
Quantos cuidados: amamentar, levantar à noite para agasalhar, tapar, consolar, dar remédio. Alimentar, vestir, contar histórias, olhar os temas, ensinar cantar, rezar, respeitar, falar, ouvir, beijar, amar...Tantos cuidados! E muitas dessas mães precisam suportar a morte de seus filhos amados. Mortes sem doença, sem sentido, brutais: no trânsito, de balas perdidas, agredidos, assassinados, de overdose, na guerra, na vala...Quanta dor! Quanto desrespeito com as vidas que ofertamos ao mundo!

Desculpem meus comentários trágicos, mas penso que não basta cuidar da vida de nossos filhos, é preciso a gente cuidar do mundo: de toda forma de vida, dos filhos de todo mundo. Faço pouco, mas no meu coração esse é um compromisso que tenho tentado assumir, no meu caso, através da educação, junto com meu companheiro de vida, o Irineu.

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