sábado, 27 de abril de 2013

VIAJANDO PARA BOLÍVIA E PERU

Dia 13 de fevereiro de 2013, voamos rumo a La Paz (Bolívia). Fizemos escala em Iquique e depois Arica, regiões áridas. Os aeroportos ficam à beira do Pacífico, só areia. De Iquique a Arica 30 minutos de viagem.
Em Arica descemos para acertar a entrada na Bolívia.
Chegamos as 13 horas no aeroporto de El Alto, a 20 Km de La Paz, a 4.000 m acima do nível do mar. Já no solo boliviano, sentimos imediatamente os efeitos das alturas ao começar a andar pelo aeroporto.
De imediato trocamos reais por dólares e em La Paz por Bolivianos. Com um real compra-se três bolivianos.Para os brasileiros o custo de vida da Bolívia é muito barato.

Ficamos surpreendidos ao entrar em La Paz. A sensação é de estranhamento. Desde Iquique a gente só vê areia, pouca vegetação verde. A região é desértica. A riqueza é o mineral (cobre, gás, etc.).
Na viagem alguém já nos informou que a Bolívia perdeu território muito rico, junto com a saída para o mar, para o Chile, numa invasão muito covarde, num momento de grande fragilidade por parte da Bolívia. Os bolivianos continuam lutando para recuperar uma saída para o mar, pois é o único país das américas que não tem acesso ao mar.

La Paz é um mar ondulado de casas baixas, de tijolos, sem reboco, e tão imensa que a gente perde de vista. As construções seguem as ondulações das terras, em escadas, sem nenhum planejamento. Se vê  poucas ruas bem traçadas, com sinaleiras e avenidas  organizadas. A maioria de suas ruas são meio anárquicas, misturando gente ônibus antigos, carros (poucos) e muita, muita gente pelas ruas.
La Paz é indígena, como toda Bolívia.

A população, os carros, andam tranquilamente, misturando-se perigosamente (mas não vimos nenhum acidente). Sabem se cuidar e se respeitar. Muitas tendas e pessoas nas ruas vendendo de tudo: comida, frutas, chás, roupas, artesanato, artigos religiosos..


As mulheres (cholas) usam roupas típicas (saias com armação, chales, chapéus, gorros) e não é para turista ver. É o cotidiano, quase todas usam essa indumentária que tornam todas com quadris largos, parecem todas meio gordas. Andam com imensas trochas de mercadorias nas costas, são carregadoras de cargas, e com os filhos presos às costas. São as mulheres que carregam pesos, vimos poucos homens carregando volumes.


Fomos aio Mercado das Bruxas, (ruas inteiras) onde vendem os artigos religiosos, mas outras coisas também, chás, xaropes, lenha, milho, vidrinhos, pacotinhos, estatuetas, objetos mil, que não compreendemos e os fetos de lhama, secos, com olhos, pelos e tudo. Meio sinistro. Soubemos que é para fazer ofertas religiosas à deusa  Pachamama. Algo impensável na nossa cultura.


Os bolivianos são educados, atenciosos, mas não adulam turista. Não sorriem facilmente para os turistas. Não gostam de serem fotografados. Fiz fotos, mas não ostensivas e em alguns locais para fotografar eu pedia licença.
Ficamos num hotel 3 estrelas, bem no centro de a Paz, a poucas quadras do Mercado Central e dos palácios do Governo. Nesses locais, La Paz é organizada, bonita, com ruas bem sinalizadas. A praça em frente ao palácio do Executivo está sempre cheia de gente, o palácio muito próximo, sem guardas ostensivos. É lugar de manifestações. Muita, muita pomba. O povo curte ser fotografado com as pombas. As Cholas vendem milho moído em pequenos saquinhos para as pessoas oferecerem às pombas e poderem se aproximar, tocá-las e serem fotografados com elas.

No alto da praça e do Palácio tremulam as bandeiras bolivianas. Falei AS porque são duas. Uma é a bandeira de origem espanhola, a outra indígena (plurinacional). Na Constituição e nas placas eles escreveram: República democrática plurinacional da Bolívia. E também consideram oficiais, além do espanho,l as línguas indígenas, em igualdade de direitos. E, de fato, são muitas as nações indígenas.
Estes são a Bolívia, e apesar de toda invasão cultural ocidental capitalista eles não abandonaram sua cultura. Isso a gente vê nas vestes, no modo de viver.

Assim que chegamos tivemos que comprar remédio e folhas de coca (que lá é legal) para enfrentar os efeitos das alturas. Compramos das Cholas que nos venderam junto uma pasta de menta que a gente enrolava nas folhas de coca e is mascando devagar. Não alucina ninguém. É muito bom e necessário. Quando a gente descuida vem a dor de cabeça, as palpitações no coração. Teve um dia que passei mal.


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