domingo, 3 de janeiro de 2010

Feliz Ano Novo

Eu, meu marido Irineu, meu filho Pedro e minha filha Silvana passamos o último dia do ano e o primeiro do novo ano no Rincão de Lourdes, Caçapava do sul, na beira do Picó (riacho). Que beleza! Sem nenhum barulho de carros,( só dos fogos na noite da virada),dormindo em barracas, sob um luar fantástico. A família Dalmaso, o ramo do meu marido,(eram 10 irmãos, alguns já falecidos), é muito grande. De algumas décadas para cá, deram de se reunir a cada início de ano. Os dalmasos e seus "enxertos", formados por tres gerações,tornam o encontro interessante por sua diversidade. Sempre tementos que nascem. Alguns começando a viver, outros despedindo-se da vida.
A cada ano a gente resgata a história dos mais velhos e se homenageia quem alcança os setenta anos. Claro que só os do mesmo sangue, e como diz um sobrinho do meu marido, "cunhadas e cunhados não são parentes".
Mas o que importa é que a gente canta muito, come muito, toma banho no picó, dá muita rizada e toma muuuuuuita cerveja.
No mais a gente foge das festas consumistas e sem sentido. Lá a gente busca estar junto com as pessoas que nos são caras, tenta resgatar o que realmente importa na vida: a simplicidade,o convívio com a natureza, a fraternidade, a partilha.
Com essa motivação, eu e o Irineu queríamos expressar nosso desejo de que em 2010 o mundo seja um lugar menos ameaçador à vida: que caiam todos os muros, que nos envergonham tanto, que mais terra e mais riquezas sejam partilhadas, que todos consigam morar em locais seguros, que se construam estradas longe das encostas, respeitando a natureza, que cessem os extermínios de índios. Que todos possam se alimentar sem excessos, sem veneno. Que todos sejam cuidados por pessoas que as amam. Que os familiares não esqueçam seus idosos. Que não falte amor e acolhimento a todas as crianças. Que as escolas sejam lugar de encontro comunitário e de liberdade para aprender o amor, a conversação, o diálogo verdadeiro, a pesquisa e a criatividade.
Que todos possam ser, pelo menos um pouco, mais felizes. Desejo felicidade verdadeira a todos os meus irmãos e irmãs, meus cunhados, cunhadas, sobrinhos e sobrinhas, amigos, filhos queridos, meus genros e nora. Que sejamos pacientes, amigos e muito alegres.

Um comentário:

  1. Belo relato!! Realmente, estava muito bom lá em Caçapava. Foi bom rever o povo, conversar. Só que é tanta gente que eu até fico tonta. Só bebendo mesmo.
    Então, seguindo teus conselhos, vou tentar ser mais feliz e ser mais paciente com todos.

    ResponderExcluir