sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DEBATE DOS CANDIDATOS


Acompanhei todo debate. Anotei tudo. A dinâmica adotada oportunisava que todos falassem nos 3 blocos (pois que o 4º bloco foi para despedida), mas os candidatos não tinham como falar de todos os temas abordados.

Resumindo: O candidato Serra respondeu sobre IMPOSTOS, DESASTRES AMBIENTAIS, SAÚDE.
A candidata Dilma respondeu sobre INFORMALIDADE, PARTIDOS, SEGURANÇA.
A candidata Marina respondeu sobre PREVIDÊNCIA, HIDROVIAS, FERROVIAS E HABITAÇÃO e o candidato Plínio respondeu sobre SANEAMENTO, METRÔ, FUNCIONALISMO PÚBLICO.

Claro que os outros candidatos também opinavam sobre o tema que perguntavam.
Vai aí uma síntese das principais respostas dos candidatos.

SERRA: Sobre os desastres ambientais falou que vai criar defesa civil nacional, remover população das áreas de risco. Sobre os impostos falou que vai retirar tributação sobre alimentos essenciais. Marina cobrou sua ineficiência no governo de São Paulo no que se refere às enchentes. Serra chega a irritar com as afirmações recorrentes sobre sua experiência e suposta honestidade, mas principalmente porque, segundo ele, criou quase tudo que existe na área social no Brasil e tudo ele diz que já fez, como governador ou ministro. "isso eu desenvolvi como governador", "isso fui eu que criei quando fui ministro". Bateu forte no governo Federal e na Dilma, sempre que pode.

Quanto à MARINA, é "cobra criada" como o Serra, experientes em eleições. Tem um discurso bem elaborado, políticamente correto. Fala de Planejamento Estratégico," olhando o Brasil de forma abrangente, sem fragmentar a realidade e sustentável do ponto de vista social, econômico e ambiental." Frase literal de Marina. Não explica o que isso significa e nem como pretende fazer isso. Reconhece que o programa Minha Casa e Minha Vida é bom, mas desconstitui sua implementação. Propos a flexibilização das leis trabalhistas para gerar mais emprego e afirma que é urgente a Reforma da Previdência e fala que vai criar um Regime de Capitalização, mas, como sempre, não diz como fará isso.
Também não poupou ataques ao governo Federal.

Quanto ao PLÍNIO, sai afirmando que os outros candidatos são todos iguais, porque são defensores das privatizações, das terceirizações, e só estão propondo "melhorias" que não vão resolver, de fato, nada na vida dos trabalhadores. Diz, literalmente, que os outros são representantes dos interesses capitalistas, dos ricos, etc.
Propõem tributar as grandes fortunas, acabar com o ICMS, aplicar 10% do PIB na saúde, fazer auditoria na Dívida Pública (não deixou claro se a externa ou a interna), reduzir a jornada de trabalho, sem reduzir salário, bem como ocupar moradias desocupadas (ocupação urbana), como proposta para reduzir o déficit de moradias no Brasil .Claro, ele já tinha dito outro dia, colocar limites na propiredade da Terra.
Realmente reformas estruturais, o problema é COMO fazer isso pela via eleitoral.

Quanto à Dilma, foi a mais cobrada, por ser governo. Algumas cobranças muito pertinentes. Dilma não se deteve a atacar os adversários, procurou reafirmar a continuidade dos programas sociais do governo Lula, implementar e potencializar o PAC 2, na questão de moradia, transporte e massificar dois programas que foram reconhecidos como bons, inclusive pelos outros candidatos: Minha Casa Minha Vida e a estratégia para a Segurança Pública. Sobre isso Dilma explicou no que consiste o Programa Polícia Pacificadora, a exemplo do que está sendo experimentado no Rio: combinar ações sociais, mobilizando a comunidade e ação repressiva eficiente contra a bandidagem, transformando os territórios de "guerra!" em territórios de "paz"
.
Dilma aproveitou para divulgar ações do governo. Quando perguntada sobre informalidade falou na geração de empregos dentro das formalidades legais, deixou de dizer que o micro-crédito possibilitou pequenos investimentos e geração de renda, talvez, uma alternativa aos que não querem ser empregados. Deixou de dizer também que está sendo possibilitado contribuição previdenciária para os informais, para que tenham benefícios da Previdência.

Dilma é muito concreta, tem boas propostas, mas carece de desenvoltura para explicar seu programa. Não apresentou um programa socialista, mas reafirmou respeito à democracia, ressaltando a necessidade de governar com a pluralidade, respeitando a diversidade brasileira, a liberdade de expressão e organização.

Eu, pessoalmente, creio que, no governo, se eleita for ( e eu deixei claro que vou votar nela) ela deveria dar alguns passos na direção de tributar as grandes fortunas, baixar os juros e auditar a tal dívida, de forma a não consumir fatia tão grande da arrecadação. Quanto às transformações propostas pelo Plínio, cabe à pressão popular, ir abrindo brechas no governo em direção à reformas mais estruturais, que realmente se fazem necessárias, para desconcentrar a renda e construir uma sociedade mais igualitária.

3 comentários:

  1. E não é que saiu mesmo o parecer sobre o debate! Curiosamente, parece que tivemos as mesmas impressões. Já cheguei a pensar em votar na Marina, mas, como apontaste, ela não deixa claro COMO resolver algumas coisas, então...! Vai na Dilma mesmo, tomara que apenas em um turno. Me mudei para Goiania a tempo de ir (e fiz questão de ir) ao Cartório Eleitoral me registrar para votar em trânsito, sendo o voto apenas para presidente. E o domingo está aí para fazer valer essa chance de exercício de democracia.

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  2. Que bom, não tenhas dúvida que neste momento vai dar Dilma e estás certa. Já tive meu encantameno com a Marina, antes de ela vir a compor o governo Lula...Foi fraquinha, fraquinha... Agora, no PV, que no governo Lula votou quase sempre contra os interesses mais populares. Não entendi essa migração. Ela, afinal, não disse a que veio. Mande notícias, tua mãe não deu relato nenhum. Beijos

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  3. Bem eu como uma boa alienada, não assisti aos debates, nenhum, já chegava ver as propagandas nos intervalos das novelas, ter de aturar a cara daquele mentiroso do Serra era demais para mim, que cara de pau para mentir que ele tem...

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